A Nata voltou!


A Nata voltou!

Nesta edição da Nata abro o jogo de forma diferente: mais crua, mais pessoal, sem filtros. Falo-vos de caixas arrumadas, decisões difíceis e da vontade de regressar ao essencial.

Olá amigos,

Este vai ser o texto mais cru e pessoal que já escrevi por aqui.

Acompanhem-me.

Há um ano, renomeei a Nata para abrir espaço a uma newsletter que seria a prima mais nova do Manual de Boas Ideias. Na altura, o MBI refletia uma necessidade muito minha: falar com empreendedores, ouvir as suas histórias, espelhar-me neles. Provavelmente porque me sentia sozinho nos círculos em que andava — e precisava de ver que não era o único a tropeçar, a insistir, a tentar.

Essas conversas foram (e ainda são) uma espécie de terapia. Para mim, e — curiosamente — para muitos convidados que acabavam por dizer que aquela hora juntos lhes fez bem. Não era das poltronas que pareciam o consultório de um psicólogo. Não era de eu ter sido espetacular a guiar perguntas. Era da conversa em si. Daquela liberdade de partilhar o que povoa a cabeça, sem guião nem medo do que o outro vai pensar.

No último ano, arrumei muitas caixas. Fui fazendo essa viagem essencial para me alinhar com o que interessa e largar o que já não faz sentido.

Ouvi menos podcasts. Li mais livros. Tantos livros. Num deles, sobre foco no empreendedorismo, li uma frase que me ficou a ecoar:

“Tirar a atenção da linha que fatura por ideias que não faturam é vaidade com roupa de empreendedorismo.”

Fechei o livro. Olhei para dentro. E arrumei mais umas quantas caixas. Fechei a KODEA — a agência digital que reinventei umas três vezes em menos de cinco anos. Já não era feliz a programar, por muito nova vida que lhe desse.

Continuei na rádio e a gravar locuções. E arrisquei ensinar outros a fazer o mesmo. Foi das coisas mais bonitas que fiz: ver quem me confiou parte da sua formação crescer, ganhar confiança, mudar performances em estúdio com coisas que digo, às vezes sem grande nexo fora dali. Como “Diz isso como se estivéssemos num festival qualquer, com a música altíssima, toda a gente a cantar, e eu tivesse de te ouvir crystal clear.” Funciona.

Portanto, este sou eu hoje: uma mente empreendedora que se mantém inquieta — mas agora um bocadinho mais sábia sobre o que aceita ou não fazer.

E é por isso que volto à Nata.

Com a essência de sempre:

Emails ao domingo de manhã — o debrief de uma mente inquieta.

Para ler com um café a acompanhar.

A melhor forma de consumir uma nata.

Sem datas fixas nem obrigações de tema.

Sai quando tiver algo de bom para servir. Uma vez por mês, duas, quem sabe três.

Com a consistência de quem não serve café requentado.

Manténs a tua inbox aberta para isso?

Espero que sim.

Tenho muitas ideias para partilhar convosco nos próximos domingos, sem cadência definida.

Obrigatório? Nada.

A única promessa: separar o ruído para vos dar o creme.

Até já,
Diogo

PS: Depois de amanhã, sai um novo episódio do Manual de Boas Ideias. Sete meses depois... Stay tuned! 😉

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